A força do vôlei brasileiro no novo século
Na última semana, o jornalista Guilherme Costa apresentou um estudo comparativo entre as seleções nacionais em diversos esportes coletivos no site do Globo Esporte. E mostrou que a equipe brasileira masculina de vôlei supera todas as outras neste século.
Além dos dados apresentados por Costa, vale a pena ressaltar alguns outros números deste espetacular escrete que começou o milênio sob o comando de Bernardinho, um dos principais responsáveis pelo sucesso, juntamente à genialidade de alguns atletas que fizeram parte deste ciclo.
Além das quatro finais olímpicas e dos Mundiais, o que já justifica a grandeza desta equipe, temos o rendimento nas demais competições e a subidas ao pódio em quase todas os demais torneios, além da manutenção da hegemonia nos torneios sul-americanos – o Brasil só não foi campeão continental na única vez em que não o disputou – e na Copa dos Campeões nas últimas quatro edições.
É verdade que a poderosa União Soviética, em seu auge, engatou primeiramente 5 finais em Mundiais – de 1949 a 1962 –, e depois mais 4 – de 1974 a 1986. Mas jamais conseguiu somar quatro finais olímpicas em sequência.
Vale acrescentar que das 17 edições da Liga Mundial desde 2001, em apenas 3 delas os brasileiros não subiram ao pódio. Na Copa do Mundo, o pódio não foi colorido pelo verde e amarelo somente em 2015, quando o Brasil não participou por estar classificado como sede dos Jogos Olímpicos do Rio.
No vôlei feminino, depois da impressionante supremacia da união Soviética nas primeiras disputas internacionais – 7 finais olímpicas de 1964 a 1992, ficando de fora apenas no boicote comunista aos Jogos de Los Angeles – as equipes se revezaram bastante no lugar mais alto do pódio. Mesmo assim, apesar de não tão expressivo, o mérito de José Roberto Guimarães e suas comandadas não pode ser menosprezado: 2 finais olímpicas – 2 ouros –; 3 pódios em Mundiais; 2 vice-campeonatos em 4 Copas do Mundo; e 9 títulos em 13 pódios nos 14 Grand Prix da era JRG.
O vôlei brasileiro é uma força inquestionável deste novo século entre todas as modalidades e seleções nacionais.